domingo, 30 de outubro de 2011

Pedra, Tesoura, Papel


"Muitos vivem numa peregrinação contando irmãos numa odisseia espiritual em sua busca sagrada de uma paradoxal fé inexpugnável e por fim acabam perdidos nas encostas de um vale de esperanças. Enquanto alguns apenas existem na tristeza de ver um sonho a mais nunca acontecer. Mais triste que não vivenciar um almejo é vê-lo morrer dentro de ti."



Nossa realidade é o que pensamos ver

Ilusões podem ser poderosas


Temos que nos libertar
Quando só há um deserto a ser ofertado
Desgarrado de outra geração perdida
Porque que somos
Aquilo que acreditamos
Isolado do mundo
Em meu próprio escafandro
Acostumado atravessar a noite refletindo
A estratégia do dia seguinte
A partir de
Uma memória de resgate
De um poder oculto
Sufocado à sombra
Em minha unidade
Parecia ser uma força comum
O tempo do merecimento
Aguardar-me
Enquanto suas areias escorriam
Acreditando numa decisão de consciência
Enquanto a experiência me escapava
Na certeza de que
Tesouras sempre cortam
Que estaria eternamente bem assim
Ao seguir jornada
Caverna afora
Rolando como uma pedra disfarçada
Envolta em papel
Em meio à
Tantas outras pessoas fantasiadas
Porém não poder vestir-se
De uma farda para sempre
Por que retornar também é
Seguir a diante
Se eu mantivesse
Minha dignidade
Virando a página
De nuvens lapidadas
Que logo se dispersam
Eu poderia me afastar sem subterfúgios
Com tanto orgulho
E punhos cerrados fortemente
Seria fácil se
A sua indiferença não fosse tão forte
Ao perceber que
Nas visões de possibilidades
Os sinos dobram por ti

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Desilusão

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Tragédia anunciada
Sem uma auto referência
De amor próprio
Bem como na
Obsolescência de um
Consenso astrofísico
Para sustentar a fé
Apostamos na existência
De um complemento primordial
Uma expectativa entusiástica
Ouvinte do coração
Ao construirmos
Uma filosofia existencial
Se cada um escolher sua batalha
Sem compartilharmos
Dos mesmos
Sonhos de importância
Os ventos mudam sua direção
Distinguindo sombras
Fora do olho do furacão
O gosto amargo da desilusão
Podendo o sonho acabar
Antes de ter começado
Embora conquistado
Ainda que isentos de
Crimes de traição
Um salto muito elevado
Ao utilizarmos indiscriminadamente
Comentários conceituais
Em nossas
Frases de efeito

sexta-feira, 10 de junho de 2011

O Amor de Chaplin

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Quando me amei de verdade 
No momento exato 
Compreendi que em qualquer circunstância 
Eu estava no lugar e hora certos 
E, então, pude relaxar 
Hoje sei que isso tem o nome de aautoestima 
Pude perceber que minha angustia 
E meu sofrimento emocional 
Não passam de  um sinal de que 
Estou indo contra minhas verdades 
Hoje sei que isso é autenticidade 
Parei de desejar que minha vida fosse diferente 
E comecei a ver que tudo o que acontece
Contribui para meu crescimento 
Hoje chamo isso de amadurecimento 
Comecei a perceber como é ofensivo forçar 
Alguma situacão ou alguém 
Inclusive a mim mesmo 
Somente para realizar aquilo que desejo 
Mesmo sabendo que não é o momento 
Ou que a pessoa não está preparada 
Hoje sei que o nome disso é respeito 
Comecei a me livrar de toda e qualquer coisa 
Que não me fosse saudável 
Pessoas, ou, tarefas 
E que  pusesse para baixo 
Inicialmente, minha razão chamou 
A essa atitude de egoísmo 
Hoje sei que isso se chama amor próprio 
Desistí de querer ter sempre razão 
E dessa maneira errei menos 
Descobri a humildade 
Desisti de ficar revivendo o pasado 
E de me preocupar com o futuro 
Agora, mantenho-me no presente 
Que é onde a vida acontece 
Hoje vivo um dia de cada vez 
Isso é plenitude 
Percebi que a minha mente 
Pode atormentar-me e decepcionar-me 
Mas quando a coloco a serviço do meu coração 
Ela se torna uma grande e valiosa aliada 
Não devemos ter medo dos confrontos 
Até os planetas se chocam 
E do caos nascem as estrelas 
E tudo isso é… 
SABER VIVER!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Viva a Vida

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A vida é aquilo tudo que acontece 
Enquanto planejamos o futuro 
O que é bom não dura pouco 
Mas o tempo necessário 
Para ser inesquecível 
Não deixe portas entreabertas  
Escancare-as ou bata-as de vez 
Pelos vãos, brechas e fendas 
Passam meias verdades 
Ventos de muıta ınsensatez 
Ria mais a vida é curta
E afinal não sairemos vivos dela mesmo
Permita-se quebrar regras 
Perdoe rapidamente
E nunca deixe de sorrir
 Ame verdadeiramente
Beije demoradamente
por mais estranho que seja o motivo
A vida pode não ser a festa que esperávamos
Mas enquanto estamos aqui
Devemos aproveitá-la ao máximo
Incondicionalmente

Esperança

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Uma longa viajem 
Cujo desfecho é incerto 
Enquanto uns lutam para viver 
Outros se entrgam ao carrasco
Quais seriam nossos critérios 
Multiplicamos nossos bens 
Mas reduzimos nossos valores 
Sobrevivemos mas não vivemos enquanto 
Adicionamos anos à nossa vida 
E não vida aos nossos anos 
As relações vazias acumulam-se 
Enquanto o sistema nos reprime 
Valorizamos tamanho e não qualidade 
Vivemos como no 
Longevo e longínquo Oeste 
Cores nos identificam por dentro 
O vermelho vital 
Que de tão diluído em meio a tantas manchetes 
Nos diários de desgraças alheias 
Dá vez ao rosa do romance 
Logo associado às notas 
Perdemos a referencia de 
Campos floridos e coloridos 
E sim dos chuvosos 
Dias cinzentos 
Reflexo de um coração refém 
Cercado de brita areia e cimento 
Mas por mais que cerceiem 
Seus sentimentos 
Esperamos que 
Ainda que haja 
Aqueles que a perdem 
Ela estará lá salvaguardada

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Fenômeno

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Todos os dias assistimos 
Um espetáculo sob pressão 
Um instinto de sobrevivência 
Sobre um lampejo de genialidade 
Que saudamos sem medo 
Na melhor parte do caminho 
Um estado imaginário 
De uma felicidade inventada 
Como os ídolos de referência 
Fenômenos experimentados fora 
Dos becos e esquinas 
Das cidades que 
Como o tempo 
Que nos degrada 
Em seu ritmo cadenciado 
Consumimos diariamente 
O circo no qual somos 
Palhaços sem picadeiro

terça-feira, 7 de junho de 2011

Éden

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O perigo desafia ser grandioso
Não há mais um lugar seguro
Num acordo entre poderes
Uma ironia cósmica
Na escuridão
Desfilando pelo paraíso
Numa troca de turno do átomo
A serpente fugiu do Éden
Perseguindo um sonho mercantil
Enquanto o santo orgulho reduzido
Recorre ao pecado
Ao apunhalar a Luz
Capturando o coração do tempo
Desaparecendo com a noite
Com a razão parcialmente insana
A arte surge como forma de resistência
Num brilho de um novo nascimento
Imagem apenas de um jogo invisível
Que captura o coração da colheita da terra
A trapaça que eles não conseguirão ocultar
Os milagres terão seus reivindicadores

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Valores

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Como um jogador
Vivenciando a incerteza do resultado
Apreciamos a adrenalina do torpe
Ao transformarmos
O proibido em tentação
Sujamos as mãos
Ganhando em sabor
À grande fatia
Se você recebeu a primeira
Eu já senti
O doce gosto da vitória
Enquanto os ventos
Do merecimento
Mantêm-se calados
Os de um auto reconhecimento
Catapultam-nos para cima
Senso crítico fruto
De uma sociedade
Fábrica de sonhos inebriados
 Na distância de valores 
 Onde os fins passam
A justificam os meios
Tantas audácias tamanhas
Ovacionadas no pódio
Que por vezes me escapa
A vontade de ser salvo

Sentimento Refém

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Eu mudei minha mente
Perto de complicações alheias
Virando as costas

Para cobranças injustas
Olhando para trás e ao redor
Enquanto o tempo me envolve
A experiência me escapa
Eu consigo descansar em
Um momento especial
Sensações adormecidas
Como aquelas pessoas
Que se foram
Noite após noite
De um mau dia
Enquanto andavam pelas
Ruas do desespero
Agora pairando meus olhos
Pelos céus eu posso ler sua mente
Abrindo suas razões
A  veia de um coração
De onde a luz não passa
Elas me refletem
Como um espelho
E agora a escuridão é eterna
E eu  me sinto assim
Um buraco negro
de onde o sentimento
Nunca escapará

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Teorias

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Espero que um dia entendamos
Respeitar limitações e limites
Alterando nossos comportamentos
Ao engrandecermos nossa mentalidade
Reconhecendo que
As pessoas só tem para dar 
Aquilo que possuem
 Primeiro é preciso se garantir
Para falarmos o que quizermos
Não existem fatos concretos sem evidências
 Onde há veracidade
ocorre uma mudança
E nesse momento estas surgem
Vivemos sobre um paradigma entre verdades
Sem evidências nenhuma
 De teorias com alguma credibilidade
Na mente de quem foi ensinado a acreditar
Meias verdades
Que dão cobertura enquanto
As verdades sem evidências alguma
Continuam a serem mentiras
Que engolimos
No carinho que se devolve
Sob um ponto de observação chave
A realidade de cada um